Preguiça mental + oportunismo político + ignorância = não colheremos nada de novo na educação
Entrevista concedida ao Programa Matéria de Capa da TV Cultura e que foi ao ar em 30/12/2014.
A respeito do relatório das Nações Humanas sobre a população mundial, que mostra a população jovem no seu pico. Falar em crianças e jovens é falar, principalmente, de educação. Mas no Brasil, apesar de sermos um país ainda majoritariamente jovem, não conseguimos acelerar a efetividade dos serviços educacionais. Uma mistura de preguiça mental com oportunismo político e ignorância. Difícil nos libertarmos dessa armadilha sem olhar para países desenvolvidos (democracias consolidadas e industrializadas) e ver o que eles estão fazendo, pelo menos para achar um ponto de partida mais avançado.
Jabuticaba é uma delícia. Só dá aqui. Mas achar que as políticas educacionais só podem nascer de sementes brasileiras e em solo brasileiro, é se resignar com uma educação de péssima qualidade e excludente que já conhecemos. Um pouquinho de coragem e poderemos colher novos e saborosos frutos!
Qualidade, mais recursos e total transparência. Ao vivo na Globo News (29/10/2014)
A resposta é a mesma, agora explicada ao vivo na edição das 10 do Jornal da Globo News de hoje:
a) Temos que estabelecer padrões curriculares e operacionais semelhantes aos dos países mais desenvolvidos que nós – industrializados, de cultura ocidental e democráticos
b) Temos que gastar mais para disponibilizar recursos materiais e humanos, além de infraestrutura e apoio social para os alunos mais vulneráveis, de acordo e para materializar os altos padrões estabelecidos
c) Temos que organizar os dados que já temos sobre a educação básica em nível de escola, município e estado, transformando-os em informações compreensíveis pelo cidadão comum, para que ele possam acompanhar e cobrar os políticos, autoridades educacionais e profissionais envolvidos