Quem será que gostaria de ver a Ilona fora do MEC/SEB?

Por volta das 23:00 de ontem, terminei mais um dia de trabalho no MEC/SEB com algumas pessoas da minha equipe que também vêm dando seu “sangue, suor e lágrimas” para tentar melhorar a qualidade e a equidade da educação brasileira. Fiquei pensando nas histórias hilárias que tenho ouvido a meu respeito, mas que, na cabeça de uns e outros, podem fazer estrago no nosso trabalho e aí resolvi escalrecer alguns pontos.

Na SEB, atualmente, nos empenhamos em reconstruir a capacidade de o Governo Federal INDUZIR políticas e práticas que levem aos estados e municípios da nossa Federação a prover experiências pedagógicas efetivas a todos os alunos, para fazê-los aprender mais, por meio do desenvolvimento eficaz de seu potencial cognitivo. Isso é o que está no Art. 211 e 212 da nossa Constituição. Amigos da imprensa e comentaristas de ocasião, interferir na gestão educacional dos entes subnacionais é in-cons-ti-tu-cio-nal. Nos sigam por aqui e fiquem melhor informados.

Legal, né? SQN. Tem gente que não acha isso boa ideia. Tem gente que acha isso muito incômodo e, desde que comecei a mostrar as minhas intenções e a minha capacidade de trabalho com uma mini equipe, que, aos poucos, vem crescendo, nuvens negras estacionaram em cima do meu gabinete. Explico.

A construção do nosso animadíssimo e incômodo time foi possibilitada pela inestimável ajuda do (antes desconhecido e agora amigo) Sérgio Sant’Anna e do apoio técnico, moral e humorístico da equipe da Sealf, liderada pelo Prof. Carlos Nadalim. Obrigada, parças, sem vocês não ia dar! Ademais, comecei a achar tesouros morais e profissionais dentro da equipe (os quais não vou explicitar agora porque ainda tenho que nos precaver de retaliações), além dos que trouxe comigo. Marta Sider e Márcia Sebastiani completam meu esteio de ânimo para continuar à frente da enorme Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, que conta com mais de 100 funcionários e R$2 bi de orçamento.

Pois bem, o que fazemos? Nos primeiros 90 dias, caçamos, achamos sem querer e fomos apresentados a diversos esqueletos que estiveram, por anos, escondidos nos armários do simpático Bloco L da Esplanada dos Ministérios. Hoje não é dia de listá-los, farei isso primeiramente ao novo Ministro da Educação, Prof. Milton Ribeiro, que tomou posse na última quinta feira, mandando todos os Secretários sob seu comando irem trabalhar muito, até que ele decida quem fica e quem sai.

Além de dar uma de Ghostbusters, começamos a melhorar os processos de gestão com um (ainda) arremedo de escritório de projetos; montamos uma equipe para analisar dados educacionais do Brasil e do mundo – de forma a subsidiar nossas decisões -; melhoramos a interação com Conselho Nacional de Educação (CNE), ajudando a produzir os dois Pareceres sobre as possibilidades de suspensão e volta das aulas presenciais nas escolas brasileiras; retomamos, com conteúdo e trabalho técnico, a Instância Permanente (conselho formal para materializar o Regime de Colaboração que funcionava mais para inglês – ou seja, o TCU – ver, que realmente para um trabalho conjunto dos três níveis de governo: União, estados e municípios, como ditam os Art. 211 e 212 da nossa Constituição supramencionados); retomamos o projeto do Banco Mundial para o Novo Ensino Médio; passamos para a Sealf uma graninha considerável parada há anos na UNESCO – para trabalharmos em projetos conjuntos, mas sob o comando deles -; e, junto com eles, reformamos a estrutura e lançamos um edital bem interessante para induzir a qualidade de material didático e literário para as crianças de 0-5 anos.

Quem está ligado viu até que teve Deputada progressista fazendo repúdio formal aos cadernos de trabalho para crianças pobres previstos no certame. Depois ficam bravos quando a pecha de que “comunista come criancinha” lhes é atribuída.

Além disso, elaboramos parte substancial das novas DNCs de formação docente continuada, aprovadas pelo CNE, em reunião extraordinária de 11/7, e ainda deu tempo de darmos uns “pitacos” na forma de distribuir o Novo FUNDEB (SEI 23000.013988/2020-24 e 23123.004722/2016-18). Ufa! Péra que eu quase esqueço de contar que a agência SEB de viagens e eventos inúteis e irrelevantes estará fechada enquanto durar a minha gestão.

Não, meus queridos, nós não estamos parados. É o pessoal que está parado que fala demais nas lives para quem ficou preso em casa. Aqui na SEB, a gente trabalha. E muito. E isso irrita MUITO quem trabalha POUCO, quem quer vender produto caro e pereba pro povo com aval do MEC (os bons e baratos, com código aberto e sem pegadinha, a gente adora, tá moçada!?), além de quem é, simplesmente, sociopata e/ou não trabalha para o Governo Bolsonaro, mas para seus antecessores e concorrentes recentes, mesmo sentando em cargos no Governo atual. Para identificar esses, só vendo-os em ação. E, gentche, teve pocket show super exclusivo deles no dia 25/6. Eu e Nadalim assistimos de dentro do camarote – morram de inveja!

Como os caras já escarafuncharam meu CPF e meu Lattes e não acharam um furo, começaram as campanhas de difamação, a tal cultura de cancelamento, que era chamada de fofoca maldosa antes da novilíngua dos mileniuns. Começaram a criar narrativas com base na minha experiência de vida, a qual, lamento, folks, só agrega ao meu trabalho atual. Vamos a elas:

  1. Eu seria globalista por que trabalhei na Fundação Lemann e com seu o próprio mantenedor principal por quase 20 anos. Sim, é verdade e sou muito grata a ele pelas experiências que me proporcionou. Sem elas, não teria chegado à SEB. Mas deixa eu explicar duas coisas. Primeira: globalista é a pessoa que usa seu capital político (conseguido por ser rycho, famoso e afins) para influenciar os rumos de governos dos quais raramente participa formalmente (pois isso é uma atividade arriscada) na direção de seus interesses e não do dos povos e nações tutelados por esses mesmos governos. Complicado? sim. Mas é tipo o cara ricão que vai em Davos dar conselhos e criar agendas para as “suas” causas. Não necessariamente para as do povão, que limpa suas botas, pilota seus aviões e troca as fraldas de seus filhos. Desses, que cuidem os trouxas dos Prefeitos, Governadores e “Burocratas de Nível de Rua” (Lipsky), que ralam para atender a população, com MP, TCs, oposição, mimimis e afins em seu encalço (ok, que, de vez em quando, é merecido, mas o dia a dia dessas pessoas não é mole não). Segunda explicação: eu briguei com meu chefe e fui não apenas demitida, mas cancelada pelos funcionários dos globalistas da patota das Ongs por que era contra a implementação de programas de 5a categoria no Brasil, como “Teach for America” (Ensina Brasil) e Khan Academy (uma ofensa aos matemáticos do mundo e do Brasil, como os do IMPA) e outras maluquices que herdeiros mimados inventam para infernizar a vida dos gestores públicos. Isso porque (não sei se vocês sabem) bolsa Hermès muita gente pode ter, mas uma política pública para chamar de sua, só os muito poderosos. Mal não faz, né gente? E a gente fica super bem na foto! Mas não é política pública séria e tira espaço, recursos e energia das que são. Nesse ponto, eu sou raíz, não sou Nutella.
  2. Eu seria Cirista porque estudei na minha tese o caso do sucesso educacional de Sobral e tenho respeito pessoal e profissional (que não escondo) pelos irmão Gomes que estiveram à frente de tais reformas. A César o que é de César. Fez direito, tem meu respeito. Não fez e sacaneou a população, não tem. Por exemplo, né seu Aécio? vizinho de parede dos meus parentes Lustosa de São João Del Rey, que caiu na gandaia e teve que usar métodos esquisitos para quitar os papagaios. Já votei no senhor sim. Tem muitos nessa lista de gente que era legal e deixou de ser. Mas tem os caras que fizeram políticas sólidas que sobreviveram no tempo, os de Sobral são exemplo dessa outra lista. Como o pessoal da esquerda me acha reaça, taparam o nariz e na campanha do Ciro tiveram que me incluir em umas poucas reuniões para eu dar uns pitacos, pois eu estava mais por dentro que ele dos detalhes DA EDUCAÇÃO, tanto é que fiz um PPT explicativo porque tava difícil de ele responder direito às perguntas sobre o tema. Lembram da Míriam Leitão e uma pergunta sobre ENEM? Achei o fim ele não conseguir retrucar e fiz um resumo. Não o conheço pessoalmente, mas continuo a admirar o que os irmãos mais novos fizeram e ainda fazem em Sobral, além de ter desenvolvido enorme carinho pelo Ivo, com quem convivi durante a elaboração do novo currículo de Sobral (portanto, EU não tive nada a ver com o sucesso já alcançado por eles). Acho bacana o que houve lá e estou NESTE governo porque estou convencida de que o Presidente Bolsonaro tem a mesma intenção: alinhar o aprendizado dos brasileiros ao de seus pares em países desenvolvidos. Quem já não o ouviu dizer: “brasileiro não é mais burro que os outros, meu Deus do céu”. Concordo!
  3. Eu seria jornalista de esquerda, por ter “trabalhado” na CBN por mais de 8 anos. Ahãn…no trabalho a gente é remunerado, né? Então, eu lamento informar que durante todo esse tempo não recebi um tostão da CBN para fazer a coluna Missão Aluno na hora do almoço às segundas-feiras. Eu me amarrava de fazê-la por que estudava um tema sério e dava uma aula no rádio toda semana. Muitas pessoas me agradeciam pelas explicações técnicas e algumas até me disseram que as usavam para fazer formação em seus municípios. Mas aí eu comecei a falar bem da política educacional do Governo Bolsonaro (lembram do que eu disse sobre a César o que é de César?) e pimba! Cartão Azul por telefone, no meio das minhas férias, sem nenhum “obrigada, valeu aí trouxa”… Eu acho que foi essa matéria aqui que deixou o povo saturado: https://exequi.com/2019/09/09/quem-e-melhor-gestor-de-escolas-publicas-civis-ou-militares/
  4. Por fim, já no MEC, eu seria enrolada e incompetente por que teria ganho de presente uma SEB super saneada por não sei quem e não entregava nada de novo. Bom, as NT no SEI explicam bem o que achamos por lá, ja dei umas explicações gerais acima e está tudo registrado no sistema de comunicação interna do Governo. Teve fonte do MEC até ajudando jornalista militante a fazer matéria dizendo que eu estaria fazendo uma licitação cancelada pelo TCU.

É pessoal, não é fácil trabalhar no governo quando se quer fazer trabalho sério. Cito sempre esse artigo aí em baixo* para explicar o que têm que enfrentar os gestores que decidem fazer reformas de qualidade na educação, para maiores detalhes, leiam a minha tese: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04122018-175052/pt-br.php

*CORRALES, Javier. The Politics of Education Reform: Bolstering the Supply and Demand, Overcoming Institutional Blocks. The Education Reform and Management Series, v. Vol. II, n. 1, 1999.

Ah, quase esqueço de mencionar a mais fofa das narrativas, mas que, essa sim, é verdadeira: sou prima do Gregório…

28 Respostas

  1. Olá professora, fiz um comentário em outro posto seu, perguntando o motivo de a senhora estar fora do governo, pois achei contraditório, haver uma palestra da senhora e do professor Carlos Nadalim, no instituto conservador liberal, nesta matéria a senhora respondeu minha dúvida, mas aí da não consigo entender porque está fora do governo se os projetos da secretaria de alfabetização parece ser fruto do seu trabalho 😳. Pra mim é como um tiro no pé a senhora não estar no governo, ou o trabalho da secretária de alfabetização é blá blá blá pra mascarar essa corrupção toda, por mais comprometidos e sérios que sejam o prof. Carlos e sua equipe.

    1. Os projetos da SEALF são fruto do trabalho da equipe do Prof. Nadalim. Quando estava na SEB, obviamente, trabalhávamos em colaboração, assim como eu fazia com ostros secretários e até outros ministérios. Naturalmente, entre nossas secretarias havia muita sinergia e procuramos explorá-las para potencializar os recursos de cada uma! Obrigada pela mensagem!

  2. Ilona, tenho acompanhado o seu trabalho e gostado muito do que vc escreve primeiramente parabéns.
    Hoje administro uma escola pricada de ensino primário (maternal até o 5º ano) e queria algumas referências de boas práticas, o que você recomenda?
    Já ouviu falar sobre o livro “Líderes na Escola: O Que Fazem Bons Diretores e Diretoras e Como os Melhores Sistemas Educacionais do Mundo os Selecionam, Formam e Apoiam”??

    Antes de qualquer coisa obrigado pela atenção mais uma vez.

    1. Renan, por favor aguarde a publicação do RENABE, relatório de conclusão da Conferência Nacional de Alfabetização baseada em evidências. Alí estarão excelentes referências sobre os 10 temas cobertos pela iniciativa. Minha tese também foi formatada tendo a divulgação de uma boa bibilografia para quem tivesse interesse. Aqui está o link para ela: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04122018-175052/pt-br.php

  3. DAVID FRANCISCO FERRAZ | Responder

    Com todo respeito à decisão do ministro M.Ribeiro sempre admirei seu trabalho e considero um erro e um enorme desperdício de talento sua saída do ministério.

  4. Prezada Secretária Ilona,
    Sou professora de educação física da Educação Básica do GDF. Me chamo Virginia Mendes.
    Acompanho a Sra. desde o tempo da rádio CBN. Li sua tese de doutorado durante as férias de verão. Escrevi ao Todos pela Educação que a tese da Sra. deveria ser leitura obrigatória para aqueles que se interessam e que participam da educação no Brasil. Fiquei feliz e esperançosa ao vê-la neste cargo e com certeza outros colegas também ficaram.
    Ilona, é urgente a criação de um canal de comunicação entre professores que, como eu, têm as mesmas convicções e desejos sobre e para com a Educação. Queremos uma educação de qualidade e equitativa, como a Sra. coloca em sua tese. Este canal seria para nós nos conectarmos e nos fortalecermos, e consequentemente, para a Sra. saber que existem professores dispostos a trabalhar em prol de sua gestão. Hoje não temos nem voz nem vez.
    Eu sou comprometida e levo meu trabalho muito a sério. Participo de política públicas que objetivam incentivar a melhoria na formação de docentes, estudo nossos currículos e os de países desenvolvidos, enfim, tento contribuir com a melhora da qualidade da educação. Mas não há espaço para professores como eu que querem conhecer, estudar, debater, construir e agregar conhecimentos não alinhados à pedagogia histórico crítica, que é o pressuposto teórico da educação física do GDF e da BNCC.

    1. Virginia, desculpe a demora em responder. Não deixe de seguir os anúncios da SEALF, pois há previsão para bolsas e novos estudos. De qualquer forma, sugiro que vc e seus colegas se juntem em grupos de estudo para estudar as referências que a SEALF vem apresentando ae ainda haverá muita coisa pela frente. Tomem como base para estudar as orientações para formação continuada listadas neste documento, que felizmente ainda consegui aprovar durante a minha gestão. O texto tem a assinatura do CNE, mas foi feito pela SEB, supervisionado por mim diretamente.
      http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=153571-pcp014-20&category_slug=agosto-2020-pdf&Itemid=30192

  5. Magno Stefani Cezat | Responder

    Adorei ler estas informações, se essa postura de seriedade fosse replicada por mais pessoas certamente teríamos uma educação e pais melhor. Agora pergunto: Coloquei meus filhos no Kumon durante a pandemia, achei o método deles espetacular. Isso já foi avaliado para implementar na educação infantil do país?

    1. Infelizmente, o MEC abriu mão, já há muitos anos, de fazer pesquisa relevante a respeito das variadas iniciativas educacionais que existem no Brasil. Só sei que usei o Kumon aqui em casa para Matemática por anos e funcionou super bem.

  6. Na minha opinião o maior problema da educação brasileira reside na alfabetização.

    Com quase 30% de analfabetos funcionais, julgo que a Política Nacional de Alfabetização (PNA), estabelecida por decreto pela Sealf , merece o maior apoio, principalmente porque em seu artigo 1.º estabelece que a alfabetização no Brasil será baseada em evidências científicas.

    Acredito também que o atual Conselho Nacional de Educação (CNE) dificilmente seguirá o que está estabelecido nesse Art. 1.º da PNA.

    1.a sugestão:
    Sugiro que seja criado um Conselho Científico da Educação (CCE), composto em grande parte por cientistas, de diversos campos, a exemplo do que foi feito na França, em janeiro de 2018, com a criação do Conseil Scientifique de l’Éducation Nationale (CSEN) e para o qual foi designado como presidente Stanislas Dehaene, Professor do Collège de France e membro da Académie des Sciences.

    Para detalhes a respeito do CSEN ver https://www.reseau-canope.fr/conseil-scientifique-de-leducation-nationale.html onde são apresentadas recomendações e ferramentas educacionais baseadas em pesquisa, experimentação e comparação internacional acessíveis a todos os atores da educação nacional, incluindo os pais e também a apresentação de atividades 2019-2020

    2.a sugestão

    A PNA deveria também estabelecer vínculos com o Programa Criança Feliz, do Ministério da Cidadania, que tem por objetivo apoiar e acompanhar o desenvolvimento infantil integral na primeira infância (crianças de 0 a 6 anos de idade) e facilitar o acesso da gestante, das crianças na primeira infância e de suas famílias às políticas e aos serviços públicos que necessitam. O Programa se desenvolve por meio de visitas domiciliares que buscam envolver ações de saúde, educação, assistência social, cultura e direitos humanos. As visitas são ofertadas pelos municípios.

    3.a sugestão

    O Dr. Vitor Haase (Médico formado pela UFRS, mestre em linguística aplicada pela PUC-RS e doutor em psicologia médica pela Universidade Ludwig-Maximilians de Munique; Professor do Departamento de Psicologia da UFMG, estudioso de neuropsicologia e de modelos de processamento de informação) em seu prefácio ao livro A Falácia Socioconstrutivista, de autoria de Kátia Simone Benedetti, menciona que em 1995, fora convidado a ministrar uma disciplina de neuropsicologia em um curso de especialização em pedagogia e duas coisas o impressionaram à época:

    1- “A primeira delas foi a avidez dos professores por aprender, por se capacitar, a sua ânsia por conhecimentos de neuropsicologia.”

    2- “A segunda foi a pobreza da literatura à qual eles tinham acesso.”

    E concluiu que:
    “os pedagogos no Brasil não estão tendo acesso a conhecimentos gerados pela psicologia cognitiva, psicologia comportamental e neurociência das últimas (à época) três décadas?”. Compreendi que havia um problema grave na formação dos professores.”

    Como a alfabetização das crianças depende essencialmente da formação dos professores, parece-me essencial que os cursos de Pedagogia deveriam incluir:

    1. pelo menos um ano de “residência” como nos cursos de medicina, através de acompanhamento a professores experientes,

    2. curriculos adequados e que os para os quais haja literatura atualizada com “integração entre neuro¬ciência e pedagogia e como os conhecimentos neurocientíficos atuais sobre a leitura podem contribuir para o pensamento e prática pedagógicos”

    1. Você demonstra conhecer bem as políticas educacionais. O que vc propõe já está em andamento, mesmo que não exatamente. Acompanhe a SEALF!! E este é o link para o novo Parecer de formação docente continuada: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=153571-pcp014-20&category_slug=agosto-2020-pdf&Itemid=30192

  7. Elisa Alves Martins Costa Melo | Responder

    Boa tarde, Illona. Não dê plateia a gente tóxica, siga seu caminho, a Boa semente está sendo semeada. Conte conosco da alfabetização. Vamos fazer a diferença na Educação. Atenciosamente, Elisa

    1. Sem dúvida!! Já está acontecendo!!

  8. Continue firme Ilona. Você conta com o apoio daqueles que realmente desejam que o nooso povo tenha um sistema educacional decente. Muito boa sorte e sucesso. Que Deus continue lhe abençoando.

  9. RODRIGO GABRIEL MOISES | Responder

    Ilona, sou seu seguidor e, cada vez mais, seu admirador. Está provando que além de uma excelente técnica conhecedora da educação, tem tido jogo de cintura para se esquivar das minas explosivas que existem no MEC. Parabéns ! Só uma questão: não que a SEB tenha que retomar a agenda de eventos inúteis, mas poderia ampliar os canais de comunicação com a sociedade, sobretudo sobre propostas para o FUNDEB.

    1. Rodrigo, nossa prioridade é falar com os representantes de estados e municípios e com o Legilsativo, além de atender aos órgão de controle de Estado. Quando nossa equipe chegou à SEB, primeiro tivemos umas teias de aranha para retirar e poder ver o cenário todo, mas, assim que foi possível, demos a contribuição que nos era tecnicamente possível: sugerimos categorias de critérios para a distribuição dos recursos, pois isso está diretamente relacionado com as atribuições da nossa sub-pasta. As simulações de impacto fiscal e afins são de responsabilidade de outra pasta da Esplanada e não nos cabe (além de não termos essa competência técnica específica para) opinar…

      1. RODRIGO GABRIEL MOISES

        Minha proposta concreta: autorizar que os recursos públicos sejam aplicados também em instituições privadas, inclusive com fins lucrativos. Temos que ampliar as PPPs na Educação. Sei da complexidade legislativa (e política) desta proposta, e que alguns dizem que exige alteração constitucional (o que descordo, há caminho de permissão mesmo dentro da Constituição: regulamentar o art. 213, par. 1o da CF). Ver o modelo de Contratos de Associação aplicados inicialmente com sucesso em Portugal (que está sendo desmontado pelo atual Governo Socialista). Este é o tema da minha Tese de Doutorado. Abraços e sucesso na empreitada !

      2. Eu tenho a impressão de que isso foi incluído. Não por nós da SEB, mas em alguma emenda parlamentar.

  10. Maria Aparecida da Silva Guedes | Responder

    Eu só lamento e você sabe o porquê. Decepção!

    1. Não entendi seu comentário, mas vc tem direito a ele…se quiser explicar melhor, sou toda ouvidos!

  11. Olha Ilona. Ja estivemos juntos em alguns momentos (num deles quase morri congelado discutindo como melhorar a BNCC) e em todas as vezes o que vi foi uma pessoa de muito compromisso. No entanto, uma coisa que aprendi sofrendo é que compromisso só não basta, é preciso muito suor e trabalho para fazer as coisas realmente mudarem. O pior é que quando o trabalho começa a dar resultado, as forças do “submundo” começam a agir para atrapalhar.
    Portanto, siga, trabalhe e não dê bola para essa gente.

    Sucesso!!

  12. Você é linda e maravilhosa!! Força e bravura sem mimimi, aguenta firme, pela nossa gente!!!
    Minha mentora e, por sua influência, virei professor de ciências e matemática, tipo “O” em SP, para auxiliar aos brasileiros que, carentes, não sabem que a educação é o único caminho da verdadeira libertação, mestra, tmj!!

  13. Fico feliz por ver você firme e forte no seu trabalho pela educação. Realmente, querida, não é da “esquerda” ou da “direita” que esperamos nesse momento. São de VERDADEIROS EDUCADORES QUE AMAM O BRASIL E O SOFRIDO POVO BRASILEIRO. Estamos com vocês. Coragem!
    Acompanho há anos o seu trabalho, adoro ler e ouvir o que você tem a dizer sobre essa educação pela qual trabalho desde os anos 60… Você não está sozinha! Um abraço.

  14. Por favor professora ! Precisamos da senhora aí!!!! Peço à Deus que continue renovando suas forças para continuar desenvolvendo um trabalho de excelencia . Deus te abençoe!

  15. Continue firme Ilona.
    Somos muitos brasileiros tentando acompanhar cada detalhe desse governo, pela confiança que temos no Presidente.

    Manter esse resgate da educação que vocês estão iniciando é importante demais.

    As narrativas e sacanagens são constantes com todos os nomes dignos de tudo que é nível do governo.

    Deus te abençoe.

  16. Ilona, parabéns por acreditar e por lutar para melhorar nosso País. Moro em Brasilia e acompanho seu trabalho desde o missão aluno.
    Coragem !

  17. você deixou passar um “suspenção”.

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